domingo, 27 de janeiro de 2008

BO-BO-BO, LI-LI-LI, VAR-VAR-VAR, VIVA BOLÍVAR!




Com esse coro, os torcedores fanáticos do Bolívar cantaram no estádio Hernando Sillas, o maior da Bolívia. Maior também é o clássico que a gente viu: Bolívar x The Strongest, na abertura da Copa Aerosur, uma das mais importantes do calendário de futebol da Bolívia. Já deu pra notar pra quem a gente torceu, né! Mas é bom salientar que as duas torcidas se rivalizam e os dois clubes sao grandes, na mesma proporçao. A festa foi bela. 45 mil vozes gritando. Futebol pode ser bonito em qualquer lugar. Até o presidente da Bolívia, Evo Morales, apareceu por lá pra dar um alo aos torcedores. Futebol é paixao local também.



O JOGO



É. A deficiencia técnica é clara, mas foi um jogao de bola. Emocionante até. O resultado de 1 a 1 provou que a rivalidade e o equilíbrio sao constantes. Alguns jogadores sao feras, como o atacante da seleçao Botero, habilidoso, rápido e certeiro, mas ficou devendo pra gente ! Agradecemos ao nosso amigo Fernando, goiano, mas que vive há vários anos com a mae em La Paz. Grande abraço, Fernando. Valeu pela hospitalidade. Conhcemos uma La Paz que de repente nao conseguiríamos sozinhos.


PS - Na foto está aí o Fernando, comemorando o gol de empate do Bolívar.

E nevou a mais de 5.700 metros de altura...










Esse passeio valeu a pena. A concepçao da viagem surgiu com o objetivo de chegar a Machu Pichu, no Peru. Muito antes disso a viagem já valeu a pena. A duas horas de La Paz está localizado o monte Chiacaltaya, que tem 5.700 metros de altura em relaçao ao nivel do mar. Com 70 bolivianos, menos do que 30 reais, uma agencia de turismo na capital boliviana te leva pra conhecer a neve e de quebra ainda visitar o Valle de la Luna (as duas primeiras fotos, muito bacana), escuplido pela natureza, na zona sul de La Paz, com formaçoes rochosas que lembram o satélite natural da Terra. Voltando ao Chiacaltaya, foi lindo, viu! Disseram que em janeiro nao havia neve no local. Balela! Quando for, qualquer época do ano, aproveite. As fotos estao aí acima pra te deixar na fissura !!!!

domingo, 20 de janeiro de 2008

A altitude é linda, mas...




A capital mais alta do mundo está na Bolívia, La Paz, com 3.600 metros. A cidade mais alta do mundo também é boliviana, Potosí, com mais de 4.000 metros sobre o nível do mar. Sem contar o lagoTiticaca, que voce que foi na escola sabe que é também o mais alto do mundo. Bom, o lance é que a altitude para que nunca subiu tao alto pode provocar problemas chatos nos primeiros dias. Saimos de Cochabamaba e iniciamos nossa subida ate o Altiplano (gigantesca área plana, na regiao dos Andes, a mais de 3.800 metros sobre o nível do mar, cortada pela Cordilheira Real dos Andes). Na foto acima, um pouco do que é essa subida, nada parecido existe no Brasil. É fantástico e dá medo, pois os penhascos passam ao lado e a pista é no limite das dua faixas, sem acostamento. Em Cochabama, tomamos a pílula que ameniza os efeitos da altitude. Subimos o altiplano e chegamos em El Alto, cidade na regiao metropolitana de La Paz. O nome é porque o local fica no Altiplano. Na sequencia, enterrada em um imenso buraco que um dia foi lago, está La Paz, que surge linda na paisagem, sem se deixar fotografar completamente. Bom, chegamos e o frio básico de 10 graus agrediu os goianos. De terca ate quarta e amanha de quinta foi complicado, Pra esse que vos escreve, febre, dor de cabeca, dor de barriga, falta de apetite foram alguns do sintomas. talvez por isso esse blog esta um pouco atrasado. Com muita folha e chá de coca venci o Soroschi.

Coca e tecnologia nos Andes


Falando em Folha de Coca, é importante mencionar que os povos andinos sempre fizeram seu uso como um costume religioso e totalmente cultural. Uma das tribos mais importates de toda história dos Andes foram os Tiwuanaku. Eles viveram 2.500 anos antes de Cristo e foi um povo queatingiu um grau de desenvolvimento mulhares de anos a frente. Conheciam sistemas mecanicos para irrigar as lavouras, criaram um impressionante calendario agricola anual, ceramicas belíssimas e monolitos gigantes e enigmáticos, com técnicas decontrucao perfeitas. Os conhecimentos de astronomia fizeram os Tiwuanakis criarem monumetos e engenharia suficientes ate mesmo pra visualizar o Cinturao de Orion. Como se nao bastasse, a tribo, que diga-se de passagem, foi uma das poucas pacíficas na regiao, chegou a criar técnicas de trepanacao cerebra. Isso mesmo, cirurgias cerebrais, com ferramentas proprias e muito semelhantes as usadas hoje. Cogita-se a hipotese de que a propria Coca era ministrada como anestésico para que as cirurgias pudessem ser feitas.
Foto - Templo de Calassassaia (ruínas de Tiwuanaku, La Paz, Bolívia).

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

La hoja de coca



Esta é a internacionalmente conhecida folha de Coca. Tomamos contato com a planta já em Cochabamba. Essa planta é sagrada na Bolívia. Sua história é milenar e remonta aos tempos pré-colombianos. Se uso se justifica pela altitude. A folha contém agentes que aliviam os sintomas provocados pelo "sorojchi" - efeitos oriundos da altitude, como vomitos, diarréia, mal-estar, dores, falta de ar, mas tudo de acordo com cada organismo. Alguns nada sentem.
Antes de vc se perguntar, eu respondo: é sim. Essa é a planta da qual se extrai a pasta base que vai originar a cocaína. O processo é químico, ou seja, no pó, os produtos adicionados modificam seu efeito original, ou seja, mascar e tomar chá de coca nao é cheirar cocaína. Quem diz isso é ignorante, ou cá pra nós, burro de pedra. Vou até levar um saches de chá de coca pra casa, é muito bom pro organismo. De verdade.
OBS - Nos demais países, inclusive o nosso, as folhas de coca sao proibidas. Se for levar, leve os saches de chá, nao a folha, porque vc pode ser flagrado e preso por tráfico de drogas.

Mas para chegar ao Cristo...



Cochabamba fica a uns 2.500 metros de altitude. Nada assustador para nosso organismo. Mesmo assim, subir até o Cristo pelas escadas demanda uma vontade física que nao estavamos dispostos a fazer. Talvez por isso e inteligentemente, os cochabambinos construíram um teleférico, muito legal, para conduzir os visitantes "hasta" lá em cima. É esse a{i que se ve na foto. A subida é de 200 metros.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

O Cristo Índio de Cochabamba




Olha só. Apreciem a paisagem. Esse é o Cristo Índio da cidade de Cochabamba. Sao mais de 40 metros de altura, pra corcovado nenhum botar defeito. Pode-se se dizer que é o cristo mais alto do mundo, afinal, fica a pelo menos 2.800 metros em relaçao ao nível do mar. A vista é sensacional. Do alto, conseguimos ver toda a cidade, em um angulo de 360 graus. Foram minutos de reflexao e emoçao da galera que estava lá no alto.

Cochabamba que nao chega...

Depois de um pouco de frustraçao em Santa Cruz, partimos em um onibus para Cochabamba. Foi a pior viagem que fizemos desde que partimos de Goiania. O calor no Terminal Rodoviário era infernal e o busao era ainda pior. Quente, deconfortável, velho e com um cheiro desagradável. Para piorar, a Laíse acabou passando mal, com febre durante a viagem. Mal conseguimos dormir. Foram 11 horas de provaçao mesmo. No início da manha, por volta das seis, desembarcamos na fria Cochabamba. O terminal da cidade é até bem simpático. Foi lá que tomamos café e em seguida saímos a procura de um alojamento. Fausto, Laísse e eu demos um giro nas imediaçoes e encontramos o Hostal Claros. Simples, mas muito simpático o local. Me lembrou a vila no Chaves. O detalhe é que só se podia tomar banho até o meio dia, porque depois eles fecham o banheiro. Suponho que seja pra poupar energia e água. Quando voltamos para encontra o restante do pessoal, eles já tinha escolhido um outro hotel, ao lado do nosso hostal. acabamos dividindo a turma. Só pra contextualizar, era dia 13 e como a viagem foi extremamante casnsativa, mal saímos do hotel. Por lá mesmo ficamos e dormimos uma boa noite de sono.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Equipetrol: Las Vegas Boliviana

Nos disseram que era o bairro mais badalado da cidade. Nunca estive em Las Vegas, mas a julgar as imagens e fotos do local, Equipetrol lembra muito a esbanjaçao que é no Tio Sam. Bares chiques, dezenas de limousines circulando pelas ruas. Cenas raras de se ver até mesmo no Brasil. É o dinheiro do gás e das riquezas bolivianas alimentando um mercado de alto poder aquisitivo, do qual poucos tem acesso. Equipetrol é surpeendentemente repugnate pelo que representa.

Santa Cruz politicamente controlada

Esse tema sempre nos interessa, ainda mais quando a gente ve e ouve no Brasil umas coisas sobre a Bolívia e tem a chance de conferir de perto o que realmente acontece na cidade. Bom, pra começar, Santa Cruz é hoje o centro econômico do país. Por causa do gás, do estanho, das fazendas, lavouras, etc. Um acordo antigo privilegiou o departamento de Santa Cruz, para que pudesse crescer e se desenvolver, claro, compartilhando suas riquezas com o restante do país. Nada mais natural. Acontece que politicamente, a cidade tem um forte influência estrangeira, norte-americana, inclusive. Os grandes empresários se sentiram ameaçados com a eleiçao de Evo Morales e suas medidas para nacionalizar o gás boliviano. De fato lá eles pedem autonomia. Nao é independencia, mas autonomia fiscal, financeira, para cuidar dos seus negócios sem a interfrencia do governo.

É mentira quando dizem no Brasil que há consenso sobre a autonomia. A maioria da populaçao de Santa Cruz, que é pobre, aprova o governo Morales. Aliás, pelo menos 70 % dos bolivianos esta a favor do presidente. Os politicos de Santa Cruz, patrocinados pelo empresariado local, insistem nessa autonomia, que ainda nao ganhou legitimidade nas ruas. Só vimos carros importados ou casas exuberantes hasteando a bandeira da autonomia.
Cara, Santa Cruz, pero es mucho


Eita cidade cara, viu. Nosso segundo baque, por inexperiência, cometemos na cidade. Sem sucesso na procura do hotel, seguimos a dica do taxista e fomos parar num chamado Canadá. Quarto duplo. O preço de 140 bolivianos. 70 pra cada. Doce ilusao. O nosso portunhol nos enganou de vez. Na verdade era 240. Só fomos conferir, obviamente, no dia seguinte, na hora de fechar a conta. Vacilo que custou caro. Tudo lá sai meio caro se comparado com o resto do país. Dica: fique o menos possível na cidade, a nao ser que queira realmente conhecê-la a fundo. Uma visita de um dia pro outro, em hotel mais barato (se procurar acha) é mais do que suficiente pra quem está só de passagem por lá. A noite tem a praça central, onde curtimos a pré-carnavalera. É, pra esses lados de cá o carnaval bomba. Um desfile, mix de parada cívica com desfile de carros alegóricos leva milhares de pessoas as ruas da zona central. A impresa boliviana inteira repercute o evento, que antecede os 3 badalados dias de carnaval na cidade.

O trânsito Louco de Santa Cruz


Há muito o que dizer sobre Santa Cruz. Grande. Cosmopolita. É a Sao Paulo da Bolivia. Centro economico do país. O transito é caótico. Nao pela quantidade de carros, mas porque praticamente nao existe sinalizaçao, a buzina é intensa, o tempo todo, quase sem semáforos, os carros passam direto pelo cruzamento, sem parar e só avisam com um toque na buzina. É uma loucura total, mas parece que funciona. Essa foi nossa primeira impressao, ao desembarcarmos no terminal Bimodal da cidade. O taxista rodou com a gente a cidade inteira procurando hotel. Vacilo nosso, já que o ideal seria nos ter largado no centro e a gente mesmo procurar um lugar pra ficar. Além dos palpites que ele ficava dando, a corrida que foi combinada em 20 bolivianos, subiu pra 40 no final da brincadeira de gira-gira pelos anéis da cidade (é, a cidade é rodeada de anéis, tipo anel viário mesmo, sao 6 grandes anéis ao todo.
O sexto integrante do grupo !!!

Antes, lá no terminal de Puerto Quijarro sofremos nosso primeiro baque na viagem. Desavisados, fomos informados que a bagagem deveria ser despachada. Pra quem passou mesmo ouvindo dicas como: "fique sempre de olho na sua bagagem, nao saia de perto dela", o fato da gente ter pago 5 bolivianos e despachado as mochilas nos deixou apreensivos até a hora do embarque. No fim das contas, foi tranquilo. No Super Pulman, nao há com que se preocupar. Mas é bem melhor vc mesmo ficar com sua mochila, ainda mais no trem, onde há espaço suficiente para acomodá-las naquela parte superior, acima das poltronas.

Nesse meio tempo em Quijarro, antes do embarque, deu pra conhecer e trocar idéias com outros tantos mochileiros. Foi daí que conhecemos a Laíse, carioca gente fina, que, claro, com mochila nas costas estava viajando sozinha. Só isso já nos fez admirá-la de cara. Ela embarcou no trem com a gente e foi até Santa Cruz. Até o presente momento, ela é o sexto elemento da nossa viagem. Ficou com a gente no hotel, estamos juntos o tempo todo.


Trem da morte x Ônibus da morte


Qual é o mais terrível, o mais porraloca? Nao sei dizer, mas ouvi rumores de ambos. De Puerto Quijarro a santa cruz de La Sierra sao mais 700 km. Podem ser percorridos de trem ou automóvel (a rodovia está sendo asfaltada, ainda restam muitos quilômetros de poeira). a gente foi de trem, mas nao o trem da morte. Na Ferroviaria Oriental, concessionária que administra as linhas férreas, sao 3 opçoes de trem. Um é o mais simples e mais barato - o trem da morte (daqui a pouco explico a origem do nome), depois o Super Pullman, com ar condicionado, serviço de bordo, os ambulantes nao podem entrar. Tem até TV com dvd. Tudo bem que nao foi nada agradável ter que ficar ouvindo aqueles cantores anos 80, românticos, que fizeram e até hoje fazem a cabeça dos mais velhos bolivianos. Algo como a música de Roberto Carlos, só que romântica e melosa. Nem o Roberto merecia essa comparaçao, mas é a mistura sua com o as interpretaçoes exageradas e pobres dos cantores românticos brasileiros, como Zeze di camargo entre outros...

Ônibus da morte

Tomamos consciência do "autobus de la muerte" por intermédio dos nossos amigos do Rio Grande do Norte (Juliano e Richard), que tinham ficado pra trás em Corumbá. Na praça central de Santa Cruz, eis que surgem os perdidos, que tinham acabado de desembsrcar (sàbado, 12) do tao desconhecido e perigoso ônibus da morte. "Galera, se voces foram no trem da morte, nos pegamos o bus da morte. O trem é brincadeira de criança perto do que a gente passou. Calor dos infernos, motorista dirigindo e dormindo ao mesmo tempo!", exclamou brincando o Richard.

Trem da Morte

Descobri duas lendas em torno desse trem que justificaria o nome.

Primeira: Numa dessas viagens, um homem perambulava pelos corredores dos vagoes, o tempo todo, carregando um bebê nos braços. Algumas pessoas estranharam que o bebê nao se movia, tampouco chorava. Preocupados, alguns passageiros chamaram a polícia. Quando os "home" deram uma olhada, a criança estava morta. O pior vem a seguir. Além de morta, por dentro do bebê, só havia pó. Isso mesmo, cocaína. O cara era traficante e levava um bebê cheio de pó por dentro do corpo.

Segunda: Essa é bem mais condizente com a realidade. Quando a febre amarela se espalhou pelo país, o trem era usado para transportar os cadáveres das pessoas vìtimas da doença.



sábado, 12 de janeiro de 2008

Grata surpresa em Corumbá


Na verdade foram várias e gratas surpresas em Corumbá. Para começar, até aquele ponto, a viagem foi rigorosamente planejada. Saímos de Goiania terça, dia 8. No dia seguinte desembarcamos em Campo Grande até rumarmos para Corumbá. Na chegada, retiramos as passagens do trem Super Pullman e liga Puerto Guijarro a Santa Cruz de La Sierra (esse nao é propriamente o famoso “trem da morte” - o Pullan tem ar condicionado, serviço de bordo e o tempo de viagem é de 16 horas até Santa Cruz. Ah, e comprando na Indiana você paga 60 reais). Essas passagens foram compradas uma semana antes, por telefone, numa agência de turismo com sede no Terminal de Corumbá, chamada Indiana Tours. A parada é séria. Pode confiar. A vantagem foi nao correr o risco de ficar dois até tres dias plantado em Corumbá ou Guijarro esperando o trem.

De imediato fomos procurar o albergue em Corumbá. Antes disso conhecemos um casal de Santos, Eduardo e Elaine. Foram ótimas compañías naquela noite. Entramos no hostel no fim da tarde. O lugar é legal. Foi lá que mergulhamos de vez no espírito da viagem. Outros mochileiros, de vàrios estados e países dividiram os cuartos com a gente. Dois alemaes, uma francesa, dois caras super bacanas do Rio Grande do Norte. Uma galera do Paraná. Duas pessoas bacanas do Recife. A noite aquele dia foi foda.

Corumbá: pantanal, fronteira e…carnaval

Quando eu ia pensar ver e filmar uma escola de samba quebrando o tamborim e batendo os tambores e pandeiros nas ruas de Corumbá. Pois é, mas a cidade tem mais. Bons bares e restaurantes, um porto muito bonito, com grandes embarcaçoes atracadas. Muito legal. A cidade faz esse ano 230 anos! Casaroes coloniais fazem parte da paisagem. Valeu a pena a noite que passamos

Quando o meio do caminho parece o ideal


Foi essa a sensaçao nas seis horas que separaram Campo Grande (capital do Mato Grosso do Sul) de Corumbá, a capital do Pantanal. A paisagem vale a pena. Viaje nesse trecho sempre durante o dia e se delicie. Após pouco mais de duas horas num confortável “bus” leito, o visual lá fora era sensacional. Vales, pantanos, serras, rios. Você que tá lendo isso pode pensar: “ah, mas isso tudo eu já vi2. Sim, mas nao como no Pantanal. Lá tudo é mais exuberante, selvagem até, intocable, a nao ser pelas fazendas e grandes extensoes de pastos que em varios momentos se contrastam com o nu da vegetaçao local. Ufa!
A cidade morena


10h30. Cegada em Campo Grande, a cidade morena. Confesso que nao sei a origem desse nome, mas o Caio nao gostou nada do que viu. “A capital mais feia que eu já fui”. Até que achei o local sinpático, mas esperava um pouco mais da urbe. De cara sentimos o que nos aguardaria centenas de quilômetros mais tarde. As pessoas, boa parte, com fortes traços indígenas. A rodoviária nao é lá essas coisas, a capital do Mato Grosso do Sul merecia um ambiente melhor, até porque o movimento por ali é sempre intenso. Nas 16 horas anteriores, os buracos nao diminuíram a empolgaçao, só que que o corpo as vezes nao acompaña a cabeça e um cochilo a espera do ônibus para Corumbá foi providencial. Só para contar, lá o fuso horário é uma hora a menos e saímos da cidade morena as 10h30.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

De Goiânia à Campo Grande: dois estados, centenas de buracos

São 930 km que separam Goiânia de Campo Grande. 14 horas. Nada demais para os cinco fritos que decidiram embarcar rumo à Bolívia e ao Peru. Só que mesmo o conforto do ônibus não diminuiu a impaciência com as centenas de buracos, principalmente no trecho próximo a fornteira dos dois estados. Resultado: dois pneus furados e um atraso nem muito significativo. Nem é uma denúncia ou reclame ao poder público, mas é pra vc ficar ligado e se preparar pra encarar um trecho muito chato...mas esses mais de 900 km tem outras histórias. To postando em breve. Fique ligado!

Pedro Rafael.